quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Então que hoje é o 5º dia sem carboidrato. Então que no 3º dia eu surtei.
Não dá nem pra falar que tô fazendo RA direitinho, porque não considero uma dieta restritiva como reeducação alimentar. Mas já coloquei na minha cabeça que eu vou ficar esses 17 dias sem comer carbo, e eu vou. Depois eu vejo o que vai ser. Depois. AFTER.

Também não quero falar muito disso agora não. Na real, eu quero mesmo é desabafar. Botar pra fora essa dor que eu tô sentindo. Se vc clicar ali no hitórico do blog, vai perceber que nos últimos anos eu vivi uma gangorra de emoções: uma hora eu estava bem, outra hora eu estava péssima. Tive depressão, que é uma doença séria e grave várias vezes. E tudo por conta do meu relacionamento que foi, e ainda é, EXTREMAMENTE DIFICIL.

Mas eu preciso saber lidar com isso. Eu preciso aprender. Uma vez na vida, nos últimos tempos, eu preciso olhar pra trás e dizer: eu sou adulta e sei lidar com minhas emoções.
Eu posso sim sentir falta, sentir uma tristeza enorme, sentir saudade avassaladora, sentir a dor do desamparo, da quebra da rotina, mas eu NÃO POSSO desistir de viver.

CARALHO. Eu não sou um relacionamento. Eu não vivo para um relacionamento. A minah vida é muito mais que isso. Eu vivi 23 anos da minha vida sem o Sr. Big, então posso viver mais 23 anos, e quantos mais eu viver sem ele.

Antes de ela aparecer, minha vida não era nada sem graça. Eu já era quase formada, já tinha feito um mochilão sozinha pela América Latina, já tinha conseguido trabalhar naquilo que eu gosto, já tinha ido pra Europa (tudo isso com o suor do meu dinheiro, porque meus pais que eu tanto amo são pobrezinhos de dar dó).
Já tinha os meus melhores amigos do mundo. Já, já, já...

Onde foi mesmo que eu deixei tudo isso para trás para colocá-lo no centro da minha vida?
Sim, ele me abriu as portas para um mundo novo, que eu gosto muito. Mas eu chegaria lá, de uma forma ou de outra.

Meu maior terror é ficar pensando que ele está com outra. Que ele vai se apaixonar e esquecer a nossa história... mas se isso acontecer, E DAÍ?

É a vida que segue, minha filha. Ele tem todo o direito de não querer mais. Tem todo o direito de querer conhecer outra pessoa... E sinceramente? Eu só posso ser Rita. Se ele tiver procurando algo diferente do que eu sou, não vai adiantar prendê-lo a mim.

Então, é o seguinte: eu me permito ficar triste, eu me permito sofrer, eu me permito chorar, eu me permito passar o final de semana todo de pijama, mas eu NÃO ME PERMITO achar que a minha vida acabou. Eu NÃO ME PERMITO ficar deprimida, querendo morrer. Eu NÃO ME PERMITO desistir dos meus planos só porque ele não está mais lá.
Vai ser difícil, mas eu tenho 28 anos e não sou mais uma criança. Se eu não aprender a lidar com isso agora, quando vai ser?

Então é isso. Continuo com a boca fechada. Em todos os sentidos.

Silence is gold
Rita

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